A obra é uma atualização profundamente modificada da obra Sincretismos: Uma exploração das hibridações culturais, de 1996. Nela, o autor focaliza as relações entre arte, etnogra­fia e sincretismos, abordando o moderno conceito "glocal", criado para designar o resultado de misturas da cultura contemporânea globalizada com a tradicional local. Sincrétika afirma na sua composição a necessidade de atravessar com a mesma curiosidade crítica o cinema e a moda, as esculturas de gelo e os manequins da rua, a árdua revisão do Mil platôs e a força expressiva do vídeo do xavante ou de um artista cherokee, a estética dos Gêmeos paulistanos e os dramas de uma Sophie Calle diaspórica. Polifonias, sincretismos, fetichismos se movem com e para o estupor da autorrepresentação praticada de cada multivíduo.