Aquele que toma o caminho dos rios não olha para o que está mais ao fundo. Imagina-se em heroica singradura, no traçado das águas contidas. Não ouve as vozes das entranhas da terra, nem percebe as fendas e os abismos. Feroz, a humanidade nunca cede. Sente prazer em medir forças com a natureza. Termina por sucumbir ao vazio da própria existência: acordos sinistros são forjados na confluência dos rios e dos desejos humanos. Enquanto as virtudes parecem fraquejar diante do mal, tudo o que se sabe é que algo diferente está em marcha.