A medicina, desde que abandonou a magia, esforçou-se por curar, mas, também, por prevenir a doença. Os meios de diagnóstico e os recursos terapêuticos ao concluírem progressos consideráveis, permitiram diminuir a frequência das doenças e, simultaneamente, o seu despiste, cada vez maior e mais cedo. A medicina do futuro deve permitir conhecer o "capital de saúde" que o indivíduo tem, para poder, ele próprio, aprender a geri-lo e, assim, envelhecer melhor. Um livro fascinante e de uma enorme actualidade, num tempo em que a saúde é olhada de uma maneira diferente, mais global, estabelecendo relações cada vez mais íntimas com o meio ambiente. Preparamos, talvez, um futuro onde a saúde poderá ser mais orientada. JACQUES RUFFIÉ, membro do Instituto da Academia de Ciências e da Academia Nacional de Medicina (Paris), é professor titular da cadeira de Hematologia da Faculdade de Medicina de Toulouse. Fundou e dirigiu o Centro de Hemotipologia do CNRS, que estuda a dinâmica das populações isoladas e sobreviventes em meios externos (Sara, Altos Andes, Cabo Verde). Os seus trabalhos debruçam-se, entre outros temas, sobre a adaptação do homem a grandes altitudes (hipoxia) e sobre a termorregulação em climas hiperáridos. Titular da cadeira de Antropologia Física no Collège de France, assegura igualmente as funções de professor-investigador no Medical Center da Universidade de Nova Iorque.