Com rigor acadêmico associado à leveza do estilo, Marlyse Meyer se detém na análise dos "subprodutos" literários presentes nas matrizes européias que tiveram irrefutável papel na elaboração do romance nacional e na constituição de um "público leitor/ouvinte-no Brasil: os folhetins franceses e ingleses, como Amanda e Oscar, Saint-Claire das ilhas, Celestina. Tema de reflexão em José de Alencar, objeto de ficcionalização em Machado de Assis - cujas personagens se aproximam do "herói-canalha" Rocambole - o romance folhetinesco ganha nesta obra a relevância de uma "frívola mas indispensável matéria".