Nos primeiros anos da República, enquanto boa parte das atenções dos políticos mineiros se voltava para a construção de uma nova capital para o estado, um grupo de políticos conservadores optou por investir suas energias na definição do que seria essencial à construção da memória de Minas Gerais. Para estes homens, era claro que a eliminação dos documentos produzidos pelo estado era algo que não se colocava. No entanto, o que mais instiga neste trabalho é pensar sobre as suas motivações para buscar determinados conjuntos documentais quando da criação do Arquivo Público Mineiro em detrimento de outros. Qual seria a chave para a compreensão dos recolhimentos, das compras e dos pedidos de doação ao Arquivo? Que relações poderiam ser encontradas na estrutura idealizada para esta instituição e a obra historiográfica de seu criador? Qual seria a história, digna de nossa memória, para esses homens? Quais seriam as influências dessas escolhas nos rumos das pesquisas históricas futuras?