Normalmente o gênero entrevista está associado a algo leve, que com facilidade beira o culto à personalidade. Sua precursora foi a conversação, uma forma literária típica do século XVIII que aliava espontaneidade e ironia, subjetividade e regras de polidez.As entrevistas do presente volume procuram recuperar algo desse impulso, não tanto na igualdade entre os participantes, quanto na insistência de que a forma da conversa não é avessa à profundidade, nem incompatível com a complexidade, nem impermeável a uma postura interrogativa crítica.Robert Hullot-Kentor talvez seja hoje o maior estudioso de T. W. Adorno nos Estados Unidos. Ele traduziu para o inglês Kieerkegard: A Construção do Estético, Filosofia da Nova Música, Teoria Estética e agora está preparando uma segunda versão da Dialética Negativa, que substituirá a existente; o estreitamento da imaginação crítica em prol de uma mera precisão filológica, mas funcionou como fermento para um pensamento progressista embrenhado no presente, e consequentemente original.