Essa é a história de uma criança indesejada pelo pai violento que a espanca e a expulsa de casa, obrigando-a a abrigar-se no meio do mato. A fome e a falta de roupas adequadas para protegê-la do frio a obrigam a praticar pequenos furtos. O que mais angustia o personagem é não saber o motivo da violência paterna, que se estende à mãe, que ama o filho e o protege da maneira que pode, com o auxílio da escola e dos mestres. O pai promete que vai mudar, mas a agressividade está tão entranhada que nunca cumpre. A família era feliz e o desemprego os jogou nesse turbilhão de miséria, violência doméstica e desintegração. Destaca-se o papel relevante dos professores e da escola no acolhimento da criança agredida, em luta para protegê-la da violência paterna. Será que o pai não a ama? Essa é a realidade de muitas famílias e crianças, vítimas de problema social relevante que exige o comprometimento de todos no sentido de extirpá-la, reconstruindo as relações familiares.