Traz para o leitor de hoje o mundo dos contos de fada europeus filtrado pelo cotidiano das fazendas mineiras do século XIX e traduzido na linguagem popular de descendentes de escravos. Revela um fascinante fenômeno de intercâmbio cultural em que Europa e África se encontram no contato de senhores e escravos. Em algum momento, em alguma fazenda, um contador ou uma contadora de histórias de origem portuguesa transmitiu os contos a uma escrava analfabeta que as memorizou, adaptou e passou a outras contadoras que as perpetuaram graças à habilidade narrativa que herdaram da fantástica tradição oral africana. Esse livro nos coloca diante de um fascinante capítulo da formação da cultura brasileira.