Gilles Ferréol e Jean-Pierre Noreck expõem neste livro os temas fundamentais da sociologia, como cultura e estilos de vida, trabalho e emprego, organizações e poder, família e processos de socialização, educação e desigualdades. A obra começa pelo trabalho dos criadores dessa ciência social, expondo o modelo precursor da "física social" de Auguste Comte e os pontos de vista discordantes de Émile Durkheim, Karl Marx e Max Weber. Ao mesmo tempo, volta-se para as contribuições menos lembradas do "indivíduo democrático", de Alexis de Tocqueville, e da "sociologia da forma", de Georg Simmel. O livro recupera o contexto histórico e intelectual que marcou o surgimento da sociologia, desde o papel centralizador da Igreja até o surgimento do Estado, a partir do século XVI. Destaca os movimentos de reforma religiosa, as idéias do Renascimento e a ascensão da burguesia urbana, juntamente com a difusão de leis contratuais, e ainda a laicização do poder político no Ocidente. Ao se voltarem para a família, os autores mostram suas inter-relações com a demografia, a história e a etnologia, utilizando fontes diversas, como recenseamentos e documentos de cartório. O texto aborda a estruturação do grupo doméstico, os contextos socioeconômicos e suas especificidades na estruturação dos fenômenos do parentesco. A educação também ganha destaque como uma das atividades sociais decisivas, por diferenciar os indivíduos e ao mesmo tempo inculcar neles valores fundamentais. Para discorrer sobre a sociologia do trabalho, os autores partem da obra de pioneiros como o americano Frederick Taylor, criador da administração científica, e chegam a questões atuais como a gestão de recursos humanos e a influência das mudanças tecnológicas.