Aquele que cai no sono e mergulha no mundo dos sonhos dá início a uma viagem ao informe. As "formas" construídas durante sua vida de vigília tendem a se desfazer, e o viajante navega rumo à solidão essencial que está no ponto de origem de toda existência humana. Ora, algo semelhante acontece em um tratamento psicanalítico. Nele, visitamos repetidamente um espaço-tempo onde a potencialidade criativa do sujeito pode ser reabastecida - ou, quando necessário, construída - contando com o suporte do "suposto sonhar" do próprio analista.