O ÚLTIMO HOMEM conta a história de Lionel Verney, filho de uma família nobre lançada à pobreza, pelo orgulho e pela insensibilidade. Ela ocorre num futuro distante, quando uma terrível guerra assola o Mundo e leva a Humanidade à destruição devido a uma praga que gradualmente mata todos os seres humanos. Na introdução do livro, um narrador desconhecido afirma ter encontrado na caverna da sibila Cumana, sacerdotisa de Apolo, um manuscrito escrito por ela, salvo da destruição dos livros proféticos dessa sibila ocorrido, em 83 a.C. num incêndio do Senado Romano. Este manuscrito antevê acontecimentos que ocorrerão dois séculos depois, que destruirão a Humanidade. Lionel Verney é o único humano imune à praga e testemunha a gradual destruição de todos à sua volta o que lhe produz uma profunda mudança psicológica e emocional, nas relações com amigos e familiares bem como com os horrores que a guerra e a praga provocam. Por que os homens insistem em seus erros mesmo vendo próximo o seu fim? A Humanidade sobreviverá a esta hecatombe? Se sobreviver, conseguirá mudar seus paradigmas para que isto não volte a acontecer? Por que Lionel era o único humano imune à praga? Estas são as questões que povoam nossa mente durante a leitura desta obra instigante e tão moderna, quanto quando foi lançada. O ÚLTIMO HOMEM independe de tempo e localização e conduz o leitor a uma viagem emocionante, que irá provocar muita reflexão. Escrito por Mary Shelley (autora de Frankestein), em 1826, e publicado na Inglaterra em três volumes, logo após à morte de seu marido, constrói uma visão do futuro, a partir de um manuscrito profético que anuncia o fim da humanidade. A vida dos personagens é apresentada em um contexto no qual as carências pessoais e domésticas são substituídas pelas exigências políticas e tudo isto é suplantado por uma praga incontrolável que engolfa toda a espécie humana. O ÚLTIMO HOMEM é um conto de fadas para adultos, com cenas de batalhas vividamente descritas, mortes por pragas incuráveis e amores ardentes. Como romance de ficção científica, é notável a ausência de termos tecnológicos e invenções além do seu tempo, geralmente associados ao gênero.