A crônica nada mais é do que o texto enquanto tempo. Ou, de trás para adiante, o tempo enquanto texto. Uma volta de ponteiros na página: sempre igual e sempre diferente, pois, em cada passagem, se refere a outro período. Um gênero literário para todos carregarmos no pulso e consultarmos quando der vontade. Ou quando tivermos uma brecha em nosso próprio tempo. Nesse Enquanto tempo, Rubem Penz oferece ao leitor pequenas fatias do tempo - do tempo-agora, do tempo-passado, do tempo ainda não vivido - para serem degustadas com a lucidez e a urgência da realidade, mas também com generosas doses de reflexão e algumas pitadas de imaginação.