A campanha é um romance de formação. Na década de 1810, sob a influência das Luzes francesas, as colônias americanas da Espanha querem a independência. Do pampa argentino ao México asteca, generais, caudilhos e padres revolucionários organizam exércitos e guerrilhas de libertação, e pouco a pouco se vão constituindo as nações que hoje formam a América de língua espanhola. Baltazar Bustos, filho de um estancieiro do sul da Argentina é discípulo de Jean-Jacques Rousseau e com os amigos Xavier Dorrego e Manuel Varela, o narrador, alvoroça os cafés noturnos de Buenos Aires com disdursos em favor dos princípios liberais. Baltazar não quer, no entanto, restringir-se à palavra: seqüestra o filho recém-nascido do marquês de Cabra, juiz do Tribunal do Vice-reinado do Rio da Prata, e de Ofelia Salamanca, substituindo-o no berço por uma criança negra. Acontece ao personagem, porém, algo inesperado: apaixona-se pela bela esposa do marquês. Gordo, míope e pouco ágil, Baltazar vai viver dividido entre a paixão e a fidelidade às idéias. Na busca dessa conciliação, percorrerá toda a América hispânica, engajando-se nas diversas lutas de libertação. Emagrece, torna-se guerreiro e, lenda viva, combate ao lado dos principais líderes e caudilhos do continente.