Esse texto representa uma das melhores iniciativas de inversão da lógica do discurso com que se abordam as questões ambientais. Além da importância e precisão técnica do seu conteúdo, a forma escolhida pelo autor, o cordel, com sua sonoridade e poética inerentes, colocam à disposição da reflexão do leitor uma nova paleta de sensações e significados. Com isso, uma análise sobre as questões ambientais pode finalmente partir de um conjunto de pressupostos diferentes daqueles do discurso cientificista, lógico, frio, racional. De fato, é esse o papel da Arte: revolucionar as pressuposições das nossas análises e permitir que descubramos novas possibilidades de abordagem daquilo que nos parece definitivo. É só a partir da Arte que conseguiremos perceber novos caminhos a percorrer.