Os romances de Aluísio de Azevedo, José de Alencar, Lima Barreto e Machado de Assis expressam a modernidade brasileira. Nas páginas destes autores vemos desfilar personagens que são emblemáticos para a constituição de nossas subjetividades. Se as mulheres são "nervosas" como podemos apreender nas obras de Azevedo, por exemplo, os homens são "hipocondríacos". O paradoxo está representado no "mulato" que, um tanto feminino - visto a posição subalterna no gradiente de cores -, também pode se mostrar "nervoso". Nas obras selecionadas de José de Alencar, produzidas na vigência da escravidão, esta é suavemente ocultada. Orgias são anunciadas em leves pinceladas, entre um e outro gole de champagne francês, e talvez aconteçam mais tare, quando afinal, "os criados" tiverem se recolhido para dormir. As moças são, em sua maioria, órfãs de mãe. Restam algumas, como Engrácia, mãe de Clara dos Anjos, de Lima Barreto, capaz de chegar ao "desvario" diante de uma dor de dente da filha. Muito distante da racionalidade de uma Dona Margarida, no mesmo romance, esta sim detentora da eficácia de uma educadora, sabe impor normas e disciplina, quem sabe porque alemã?