Buscando situar a pulsão com o máximo de rigor, a autora empreende inicialmente um exame desse conceito na metapsicologia freudiana. Sua abordagem recusa tanto as versões que remetem a pulsão ao campo biológico quanto aquelas que a deslocam, de uma forma ou de outra, para um campo exterior ao que tem lugar na experiência analítica. Assim, a partir de um percurso pelos textos metapsicológicos fundamentais, a pulsão é caracterizada não apenas por uma peculiar topografia, mas por sua constituição a partir de experiências da infância formadoras de traços mnêmicos que são o próprio fundamento do desejo.