A angústia e o dilema das relações amorosas são temas presentes em quase toda a obra de Pedro Paixão. 'A noiva judia', obra escrita em 1992, não tem nada a ver com religião. O título, roubado de um quadro de Rembrandt, é somente a forma que Paixão encontrou para se tornar um escritor que adotou uma identidade judaica (por considerar o povo judeu como 'o povo do Livro'). Desde então, não escreveu nenhuma história em que não houvesse personagens judias. Mas judeus ou não, homens ou mulheres, apaixonados ou que já se apaixonaram, os narradores desta obra de 26 contos têm algo em comum com o homem contemporâneo - os conflitos com a identidade, com o mundo moderno e com o outro.