Em sua nova obra, História das ferrovias paulistas, segunda de uma série de dez denominada História das Ferrovias no Brasil, José Manoel Ferreira Gonçalves traça a memória da construção de linhas férreas no estado de São Paulo. Sem se lançar à tradicional melancolia nostálgica, antes o contrário, o autor desenvolve uma linha de raciocínio bastante precisa e chega, inclusive, a propor soluções em meio à hipérbole do sistema rodoviário no país. José Manoel não se prende à narrativa linear da história da malha ferroviária paulista, mas destaca os pontos cegos que, por vezes, deixaram de fazer parte da história oficial, como por exemplo que nem só de café viviam as ferrovias, mas acabavam por escoar também algodão, minérios, ferro, tecidos e até carga viva de bois.