Melquisedeque, que é "sem pai, sem mãe, sem genealogia, que não teve princípio dos dias, nem fim de existência" (Hb 7:3), é o testemunho de uma Tradição Primordial? Será que ele é também o equivalente de Cristo, uma vez que é "feito semelhante ao filho de Deus" e "permanece sarcedote perpetuamente"? (Hb 7:3) Esse é o tema da pesquisa realizada pelo estudioso Jean Tourniac, com o apoio de uma complexa tese de doutorado e do conhecimento profundo de comentários religiosos e da descoberta de significados simbólicos. Em Melquisedeque ou a Tradição Primordial, o autor destaca como o judaísmo e o Cristianismo tratam de um dos personagens mais importantes da História. Ambas as religiões visaram a se apropriar de Melquisedeque para exaltá-lo ou restringir sua importância funcional. A originalidade do método de Jean Tourniac consiste em "elevar a um grau superior" a cronologia do monoteísmo passando de Abraão a Melquisedeque, rei de Justiça e de Salém e sacerdote do Altíssimo. Essa visão, que transcende os antagonismos de 20 séculos de História, corresponde à expectativa do mundo contemporâneo e corrobora a demonstração da obra e de seu postulado: Melquisedeque = Tradição Primordial.