O livro Direito Desportivo e Estado no Brasil: do corporativismo da ordem à Lei Pelé lança um rico olhar sobre a legislação esportiva brasileira, que desde o período do Estado Novo, de Vargas, esteve diretamente vinculada ao corporativismo da ordem estatal, por intermédio das deliberações do Conselho Nacional dos Desportos (CND), órgão regulador e disciplinador da autonomia dos clubes, das competições, da vigilância e sanções aplicadas às associações, especialmente, no futebol. Nesse contexto, o Direito Desportivo constituiu um setor estratégico da ação do Estado, que perdurou por 50 anos, inicialmente, até a Lei Zico, de 1993. Além disso, instituiu a tríplice manifestação do esporte (rendimento, escolar e participação), conferiu liberdade às instituições esportivas e abriu um novo campo de atuação do Direito Desportivo no país. Também, a Lei Pelé, seus decretos e leis regulamentadoras, contribuiu para o fim do corporativismo estatal, com poucas alterações em relação à Lei Zico [...]