A conversa sobre o pluralismo, uma vez que virou moda, precisava de uma análise mais detalhada. Foi essa análise que Matheus Della Monica tomou para si, de uma perspectiva histórica. O resultado do trabalho, como boa história que pretende ser, não pôde e não quis abranger tudo o que se escreveu sobre o assunto. Fixou-se então em um autor e sua obra, Santi Romano, que a seu tempo foi lido no Brasil e mais recentemente voltou a ser objeto de análise. O que acontece com autores redescobertos fora de seu contexto original é que podem sofrer leituras anacrônicas, podem-se perder os detalhes de sua produção e do ambiente que os cercava e, finalmente, pode-se transformar suas obras em armas de combate contemporâneas, isto é, contemporâneas nossas. É uma escorregadia estrada na direção da ideologia como mistificação e feitiço. Matheus vai na contramão dessa estrada, pois recupera o lugar próprio de Santi Romano em seu tempo .