Maquiavel foi um dos pensadores que mais contribuiu para moldar o mundo em que vivemos. Do ponto de vista pessoal é o Hannibal da Renascença (aquele psiquiatra cultivado, charmoso e genial que entre um vinho e outro, matava e, literalmente, comia suas vítimas). Maquiavel era culto, fiel, espirituoso, alegre, amigo, afetuoso, bom pai e amado pela esposa. Como é, então que uma pessoa assim acabou por se tornar à personificação do mal no ocidente? É para tentar responder a esta aparente incongruência que este livro foi escrito. Políticos, cientistas sociais e administradores são quase unânimes em dizer que os princípios de Maquiavel são indispensáveis ainda hoje, não só para entender o mundo, mas para conduzi-lo. Então, não há alternativas, na relação com o Outro, sempre fomos e sempre seremos todos, "maquiavélicos"?