A publicação dos capítulos aqui reunidos demonstra a importância do aprofundamento do debate tanto sobre o papel da justiça e da polícia na contenção da violência contra a mulher e da população LGBT quanto sobre os limites dessa intervenção se não for acompanhada de políticas de prevenção. Coloca em questão o encarceramento feminino, motivado em grande medida pela participação das mulheres no mercado de drogas. Aborda, ainda, a dinâmica da seletividade penal e o encarceramento de grupos sociais vulneráveis, como travestis e transexuais. Nesse sentido, os autores apontam para a sempre necessária crítica do sistema penal e de sua lógica, ao mesmo tempo em que abrem possibilidades e caminhos alternativos para o equacionamento dos conflitos e a redução da violência.