O historiador Eric Hobsbawm escreve que a revolução foi a filha da guerra no século XX. Contudo, continua o autor, a guerra sozinha não conduz necessariamente a crises, colapsos e revoluções. Ao contrário: crises, colapsos e revoluções são consequências da aparência de tranquilidade associada a regimes estabelecidos com legitimidade tradicional. O livro que aqui se entrega, empreitada coletiva de alunos e professores dos programas de pós-graduação em Comunicação do Rio de Janeiro, se recusa a refugar diante dos movimentos da sociedade, dos acontecimentos e manifestações que irrompem nesse território instável que insistimos chamar de cotidiano. Reunião de debates, reflexões e problematizações que destacam a importância do corpo, das interações sociais e da performance nas práticas de comunicação contemporânea, trata-se de um trabalho de troca de experiências entre jovens pesquisadores.