Até hoje, a vida de Paul Gauguin, um dos maiores pintores do século XIX, continua repleta de informações controversas e polêmicas. Para muitos, ele ainda é ícone do maior sonho de sedução da arte ocidental: o corretor de valores que abandonou a família burguesa e uma carreira segura para viajar pelo mundo em busca de um paraíso tropical, imortalizado em belíssimas pinturas. Por outro lado, estão os detratores que o acusam de envolvimento com pedofilia e exploração colonial. Um século depois da morte de Gauguin, David Sweetman mostra em Paul Gauguin: Uma Vida - lançamento da Record - os contornos de uma trajetória de vida incomum, explorando as fontes de um artista que fala de amor ao mesmo tempo que tem suas raízes nos escuros recessos da mente humana. O livro apresenta uma nova visão da figura de Gauguin, revelando suas origens em uma família peruana de anarquistas e revolucionários, passando por suas aventuras como marinheiro durante a guerra, seus anos como especulador financeiro em Paris, até o mergulho na arte, terminando seus dias em uma ilha do Oceano Pacífico. Sweetman registra e analisa os principais acontecimentos de uma época de grandes modificações, da ascensão e queda de Napoleão III aos primeiros anos do século XX. Ao mesmo tempo, a biografia oferece um retrato íntimo da era dos impressionistas e pós-impressionistas, que trouxe cor à vida através de um vibrante rol de personagens: Manet, Monet, Renoir, Degas, Pissaro, van Gogh, Debussy, Mallarmé e Strindberg.