O que animava um menino ou adolescente a deixar sua casa e ingressar no seminário? O que aconteceu, nas décadas de 1960 e 1970, para levar muitos jovens religiosos a deixarem o claustro? Como se deu sua inserção ao mundo secular, depois de vários anos num ambiente segregado? O que fizeram eles com aquela experiência de vida? Foi a partir de perguntas como essas que surgiu a pesquisa relatada nesta obra. Para respondê-las, o autor entrevistou 24 ex-jesuítas de várias partes do Brasil que deixaram a vida religiosa há 40 ou até 50 anos. Todos eles tiveram de lidar, nos anos de formação, com o conservadorismo e autoritarismo anteriores às reformas trazidas pelo Concílio Vaticano II. Os entrevistados lançaram seus olhares retrospectivos sobre o passado. Relembraram as luzes e sombras dos dias de seminário e vida religiosa, os dilemas de quando decidiram sair e os percalços da adaptação e um mundo diferente daquele com que haviam sonhado.