Muitos são os caminhos por onde se pode fazer uma crítica - no sentido em que esta nos dá acesso a uma obra - deste livro de Teresa Palazzo Nazar, que pretende e esperamos,ser o primeiro de uma série. Porém, a via mais adequada me ocorreu ser a do elogio. Primeiro por se posicionar, nesta obra, no que diz respeito à psicanálise, na dóbradiça e num compasso afinado em relação à Arte e a Filosofia, tal como jamais deixaram de faze-lo, em suas teorizaçãoes, tanto Freud quanto Lacan, pois ambos buscaram, assim, resguardar a psicanálise das "objetivações psico-sociológicas". Depois, por nos permitir, não somente com conceitos próprios ao campo psicanalíticos, mas com a singularidade de sua prórpia letra, aprender algo que está muito além do óbvio a respeito da criação literária e suas relações com o inconsciente e o desejo. E isso num passeio instigante pela folosofia e por obras literárias e autores com os quais Teresa possui um laço visceral.