Autor de uma original e abrangente obra filosófica, que a Editora Perspectiva vem publicando integralmente, Coutinho aqui analisa o cinema não só em suas operações técnicas – a construção de imagens, a ação dos atores, a interferência do diretor... – como enquanto metáfora da própria ontologia do mundo. O cinema – mudo e sem cores de Chaplin e Griffith – é assim modelo da cinematografia do pensamento, pedra de toque para a visão de mundo do autor. Mais do que uma análise profunda e transformadora, A Imagem Autônoma é uma celebração do cinema no que este tem de mais essencial.