Manuel Benício cobriu o conflito de Canudos como correspondente do Jornal do Comércio durante um mês, enviando cartas para o jornal com o relato dos conflitos. A acidez de suas críticas à condução da guerra e um certo viés de simpatia aos jagunços que empregou ao tentar compor o retrato físico e psicológico desse sertanejo, tornaram inviável sua permanência no local. Dois anos após o término do conflito, publicou O Rei dos Jagunços, em que apresenta crônicas escritas no calor da hora sobre o conflito, procurando mostrar o lado não-glorioso da guerra, num tom vibrante e emocionado. Este livro traz a reprodução da obra de Benício, acompanhada de um estudo introdutório e notas de Sílvia Azevedo, que acrescentam novas informações a esse episódio tão importante de nossa história.