Guiada por uma formiga falante, Heloi´sa visita um reino nada convencional. Lá, a menina descobre que ha´ mais de um modo de ver as coisas.No reino desta história, as pessoas fazem o que dá na telha: o padeiro não fabrica pão há anos porque prefere pintar quadros, uma moça passa a vida ao lado de um poço esperando se encontrar no que sai lá de dentro, uma velhinha vigia a Torre do Sono para que ninguém se atreva a dormir... e todos procuram um estafilágrio, coisa que ninguém sabe o que é. Mais malucos ainda são o rei e a rainha: é ele quem serve o povo (até engraxa os sapatos do engraxate!) e só será coroado depois de ter servido bastante, e é ela quem dá aula quando a professora falta. (...) É nesse lugar que a menina Heloísa vai parar um dia, guiada por uma formiga falante e questionadora. Levando na bagagem todas as referências do seu próprio mundo, Heloísa chega achando tudo aquilo muito errado. Os habitantes malucos do reino, por sua vez, acreditam que é Heloísa quem tem problemas - para eles, ela sofre de "dicionário", mal que acomete quem se prende demais ao uso literal e utilitário das palavras. Em meio a diálogos sensacionais e situações muito inusitadas, Heloísa vai, aos poucos, descobrindo que cada um tem o seu jeito de ser e que há mais de uma maneira de ver as coisas.