O diálogo sobre educação, com toda sua implicação filosófica, é algo tão necessário quanto o oxigênio que nos libera da asfixia. Pensar na ¿contramão da servidão¿ ideológica é libertário, e a educação é simplesmente o ponto nevrálgico de todo compromisso estabelecido pelas pessoas em sociedade. Educar para a liberdade parece ser mesmo revolucionário e propõe o entendimento das condições a que estamos lançados, ou, por que não dizer, a que nos lançamos. A responsabilidade, a ética, o compromisso com o outro (que somos nós mesmos) reclamam essa consciência, só mesmo reconquistada no diálogo. Quem sabe assim se possa estabelecer a ponte entre as pesquisas acadêmicas sobre o assunto e a vida concreta de pessoas reais, muitas vezes distantes da reflexão filosófica, mas nem por isso incólumes às ideologias impostas à educação, como a ideia corrente de que educar é, necessariamente, formar pessoas que possam gerar renda.