Cientista, feminista, política, militante sufragista, Bertha Lutz (1894-1976) foi uma das poucas mulheres a participar da elaboração da Carta da ONU. O documento criado em 1945 por representantes de 50 países tinha um objetivo ambicioso: selar um pacto de paz global e estabelecer uma organização para promover a cooperação internacional, após um período de duas guerras mundiais. Em um evento dominado por homens brancos, a brasileira liderou a luta para que os direitos das mulheres estivessem contemplados na carta. Em Bertha Lutz e a Carta da ONU, Angélica Kalil e Mariamma Fonseca partem das memórias da ativista brasileira para contar, em quadrinhos, a saga de Bertha na Conferência de São Francisco, onde a carta foi criada.