Após terem sido declinadas feminidades transgressões e soberanias em seus jogos de força e intensidade sobre a subjetividade humana este quarto volume da coleção do Espaço Brasileiro de Estudos Psicanalíticos se dedica a cartografia das modalidades contemporâneas de subjetivação as praticas de saber e poder que engendram hoje os modos privilegiados de assujeitamento e liberdade. Os impasses da figura paterna as patologias da culpa as depressões a incessante busca de felicidade o incremento desmesurado do consumo e a enorme importância da mídia compõem boa parte dos desafios impostos pelas modificações em curso no Ocidente. É perante essas novas questões que devemos sustentar ainda que sob a forma da dor, o que move o desejo e o erotismo, posto que decorrentes da alteridade e, portanto, de formas alheias ao que imaginamos como nosso. O que fazer, como escutar quais as conseqüências clínicas e de que modo validar politicamente os resistentes, os sobreviventes, os loucos, todos aqueles que excedem as formas de subjetivação privilegiadas em um determinado contexto histórico, instigando-nos a interrogar o que fazemos de nós mesmos no intervalo entre o que estamos deixando de ser e o que estamos nos tornando? Como dar voz a essas dobras, a essas linhas de fuga dos processos de subjetivação atuais7 E por fim qual a relevância da clínica psicanalítica nesse contexto cada vez mais saturado de soluções supostamente imediatas? Sigamos adiante...