Um poeta nada mais é do que as vozes, os lirismos de todos os poetas que já leu. É desse mosaico de vozes e lirismos que ele dá à luz o breu indagador: a sua mais pura essência, o silêncio. É, portanto, dessa e com essa, não apenas afasia, mas também imensidão (tanto completamente vazia, quanto infindamente completa) que tento (re)produzir o belo e o grotesco, o lírico e o concreto, o harmônico e o agonizante desafinado, assim me permitindo escancarar desavergonhadamente O nu e versos. Bem... Acima, está apenas uma breve filosofia sobre o fazer poético e o fazer de meu livro, com o humilde intuito de esclarecer o mínimo possível sobre o que você tem em mãos. Mas, talvez, eu o faça pensar um pouco. Uma verdadeira introdução à obra, caro (e certamente raro) leitor, se encontra muito bem escrita no prefácio, de autoria do grande poeta e amigo Cristiano Siqueira.