Nas duas últimas décadas, os programas de transferência de renda condicionada se mostraram o principal instrumento de inovação política de proteção social dos países da América Latina e do Caribe, incluindo o Brasil. Estudos mostram que nos países onde foram implantados, houve impacto não apenas sobre a redução da pobreza e da pobreza extrema, mas também sobre a redução da desigualdade e distribuição de renda, decorrentes da trajetória do desenvolvimento socioeconômico, melhorando inclusive a saúde materno-infantil e a frequência escolar. Os programas possuem condicionalidades em comum, com enfoque em saúde, educação e renda. No Brasil, o Programa Bolsa Família foi implantado no ano de 2003 e trouxe melhoras na saúde materna e infantil, redução da evasão escolar e rompimento do ciclo de perpetuação da pobreza e desigualdade social. Nesta obra, Daniela Schneidewind retrata de modo singular essas e outras questões, sobretudo no estado do Paraná.