Costurando depoimentos e materiais de arquivo da época, o jornalista José Teles remonta o cenário etílico-boêmio do Recife nos anos 1990, apresentando o bar que foi um celeiro artístico da cidade: a Soparia. Para biografar o estabelecimento, que apareceu até em matéria do New York Times, Teles remonta inferninhos e botecos que antecederam ou foram contemporâneos do democrático bar de Roger de Renor, agitador cultural cuja própria vida se confunde com a história de seu bar. A obra ainda mostra o papel central da Soparia na produção cultural pernambucana do cinema à moda, com destaque, claro, para a música, representada em vários ritmos e na profusão do manguebeat.