O tema de pesquisa apresentado, que resultou nesta obra, constitui-se em uma proposta inovadora, na medida em que, dentre os grupos e associações que participaram dessa luta, a Maçonaria talvez seja a menos estudada e pesquisada. Portanto, com este estudo, a obra pretende demonstrar que as Lojas Maçônicas, como outras associações, acompanhavam as mudanças que se processavam social e politicamente no Brasil, estabelecendo uma nova cultura política que envolvia diferentes sujeitos que se encontravam na vanguarda do processo abolicionista, pugnando pela mudança das relações de produção no país. Este trabalho evoca a luta pela emancipação dos escravos, defendida pelos maçons do Pará, bem como a análise do posicionamento da Maçonaria em relação ao regime imperial, como as questões básicas desta pesquisa. Assim, possibilita redimensionar esse tema, procurando investigar as estratégias sociais desenvolvidas por esses sujeitos, por meio da atuação das Lojas Maçônicas e de alguns maçons importantes, como Lauro Sodré, demonstrando seus posicionamentos políticos e suas formas de atuação. A pesquisa de jornais da época mostrou que, de 1870 em diante, foram fundadas associações que geralmente se aproveitavam de festas públicas para promover debates em favor da liberdade dos escravos. A metodologia trabalhada consistiu basicamente de consulta aos jornais da época e documentação de registro das Lojas Maçônicas, que são referenciadas ao longo deste trabalho.