No império em nossa República, o fósforo era o falso eleitor, que votava por outros; os cerca igrejas, capanagem que, sobretudo no interior do Nordeste, atacava os templos católicos onde, até 1881, se realizavam as eleições; a degola era o termo que passou a indicar, na República Velha, a não aprovação e a consequente não diplomação, pelas comissões de reconhecimento do Senado e da Câmara, de candidatos que a opinião pública julgava eleitos; a guilhotina Montenegro, a emenda apresentada ao regimento da Câmara, em 1899, pelo líder do governo, Alcides Montenegro, que respaldaria a chamada Política dos Estados, do presidente Campos Salles. Denominações curiosas, como essas, juntam-se, neste Dicionário, a temas mais relevantes, da engenharia eleitoral, e à explicação dos mecanismos utilizados, em todo o mundo, para consultas ao corpo votante. Desde a tiragem à sorte, dos gregos antigos, reveladora, para eles.