O Agente Penitenciário e a Criação da Polícia Penal: um debate sobre identidade e reconhecimento social explora a construção identitária e o reconhecimento social do agente penitenciário, tendo como estudo de caso os profissionais que atuam no sistema penitenciário do Tocantins. Em verdade, essa ocupação carrega um estigma social e é pouco reconhecida positivamente pelo desempenho de seu trabalho, de modo que a ausência de uniformização da carreira e a estigmatização da profissão afetam a construção de sua identidade. Para compreender a identidade construída e sua influência no autorrespeito e na autoestima desse profissional, utilizou-se a teoria do reconhecimento social a luz do pensamento de Axel Honneth e Charles Taylor. Nessa perspectiva, este livro pretende responder como eles se percebem socialmente e em que medida estão alinhados à luta pela criação da polícia penal em âmbito nacional. Para tanto, abordamos questões relacionadas ao reconhecimento social e à identidade a partir da análise das reações, percepções e sentimentos diante de sua atividade profissional. Para a coleta de dados e informações, utilizou-se a metodologia qualitativa e quantitativa, com aplicação de questionário semiaberto e análise documental. Destaca-se que o livro foi escrito antes da promulgação pelo Congresso Nacional da Emenda Constitucional nº104/2019, que os transformaram em policiais penais, de modo que durante o desenrolar dos capítulos não haverá alteração do conteúdo da obra, principalmente, em relação à nomenclatura, retratando assim a realidade do sistema penitenciário no período anterior à aprovação da emenda.