O Mercosul celebra dez anos em 2001. Ou seja, já se passaram dez anos desde que Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai assinaram o Tratado de Assunção, em 26 de março de 1991. O GEDIM, Programa Interdisciplinar de Globalização Econômica e Direitos no Mercosul, não podia deixar de assinalar esta data e, para tal, decidiu organizar um livro na sua Coleção, convidando especializadas do tema para nele expressarem as suas opiniões. O objetivo deste livro é, portanto, fazer um balanço do que foram os primeiros dez anos do Mercosul. Mas, um balanço interdisciplinar e internacional, abordando não apenas os aspectos jurídicos, mas também os aspectos econômicos e políticos e, que enfoque, além do ponto de vista brasileiro, também a perspectiva dos outros Estados-partes ou mesmo de fora do bloco. A obra constitui-se, portanto, uma aposta no futuro do Mercosul. Certo é que existem os chamados mercocéticos, que não acreditam no sucesso nem no futuro do Mercosul. Para estes basta lembrar que o Mercosul produziu, desde Março de 1991 até Dezembro de 2000, 1.086 normas, entre Decisões do Conselho do Mercado Comum (CMC) e Resoluções do Grupo Mercado Comum (GMC). Comparativamente, no mesmo período, foram promulgadas, no Brasil, cerca de 2.000 leis. Isto significa que o Mercosul produziu praticamente a metade das normas que o Brasil gerou. Será possível ignorar o Mercosul?