A poesia é uma voz do sujeito em face do real e, por isso, ela é também uma das formas possíveis do real. Mais abstraída ou mais concreta, mais métrica ou assimétrica, a poesia tem coerência peculiar. Qual é a consistência da realidade? De quantos modos se pode expressá-la? A função poética da linguagem é uma das respostas a essas indagações. Este livro fala, por meio de supostos versos, sobre imagens, objetos e linguagem, em alguns de seus variados graus de inconsistência.