No livro, juntam-se ensaios, esquetes e um depoimento, pela primeira vez em língua portuguesa, que reafirmam a insubordinação da autora da Autobiografia de Alice B. Toklas diante de qualquer cânone. O título retoma o do último ensaio da publicação O que são obras-primas e por que há tão poucas?, em que Gertrude Stein reflete sobre os conceitos de tempo e de identidade na criação das obras de arte. A adaptação ao exílio, a partir da experiência em Paris para onde se mudou em 1903 - está registrada em Uma americana e a França, e a sua trajetória criativa é revista em depoimento a Robert Haas, jornalista responsável pela edição original, de 1970. Diálogos com o escritor Jean Cocteau e com a crítica Edith Sitwell, contemporâneos da escritora, também integram o volume, em esquetes de uma dramaturgia totalmente fora das convenções cênicas tradicionais.