O livro da professora Margarida Santos trata da gestão da política da assistência social em Alagoas, discute a reforma do Estado, pretendendo de fato demarcar as condições em que se dá sua performance, de modo a satisfazer o interesse público. Nesse trabalho, a reforma do Estado constitui o plano de fundo que compõe a argumentação da autora sobre o tema da descentralização da assistência, chamando a atenção para os limites que o contexto sócio-político e de desigualdade social na região Nordeste impõe à efetividade de experiências democráticas norteadas pela participação e pela descentralização do poder. De maneira especial, o livro trata da relação da burocracia estatal com os "cidadãos comuns", identificando estratégias e redes de relações que contribuem para explicar procedimentos clientelistas ou autoritários que afetam profundamente o ideal democrático associado à descentralização. A obra é importante não só para os profissionais encarregados da implementação das políticas sociais, mas também para aqueles que devem tomar decisões na condução dos assuntos de governo ou no âmbito da sociedade civil.