'A Casca da Serpente', obra revista pelo autor e com novo acabamento gráfico, distingue-se como uma imaginativa fábula política, escrita pelo introdutor no Brasil do realismo fantástico. A narrativa reescreve a história de Canudos e de seu líder, Antônio Conselheiro, como ficou conhecido Antonio Vicente Mendes Maciel (1828-1897), um líder messiânico do século XIX. Ao retificar a história de Canudos, localizada na fronteira da Bahia com Alagoas, o autor dá sua versão dos momentos finais da guerra que lá se deflagara contra as tropas governistas. Antônio Conselheiro não morrera e saiu rumo a novas aventuras sertão afora. Seu bando trabalha na construção da nova Canudos. Mas, segundo o próprio autor, como toda história fictícia também carece de verossimilhança, a nova Canudos não consegue vingar.