Este não é um livro sobre filmes de guerra. Vai muito além disso. Se para o lendário diretor de cinema Samuel Fuller, ele mesmo um ex-soldado, O cinema é como um campo de batalha, Paul Virilio nos mostra que a guerra também tem muito de cinema. Ele analisa o desenvolvimento, surpreendentemente paralelo, dessas duas técnicas desde a invenção dos irmãos Lumière e da Primeira Guerra Mundial concluindo que a real vitória em uma guerra, a dos corações e mentes, passa tanto pelo campo de batalha quanto pelo das imagens. Virilio esmiúça a evolução histórica do cinema e da arte militar no século XX, principalmente nas duas guerras mundiais e a Guerra Fria, estudando temas como o aprimoramento da técnica cinematográfica para o reconhecimento das áreas de combate e as relações entre a indústria do audiovisual e a indústria bélica.