Em 1992, o governo Collor ruiu, encerrando mais um período trágico para o país. Mas a tragédia coletiva é capaz de superar a tragédia pessoal? PATER aprofunda-se na relação delicada e angustiante entre um pai, coronel do exército, e um filho, líder estudantil dos caras-pintadas, grupo de secundaristas que marcou época ao marchar pelo impeachment do presidente. Com uma narrativa humana e direta, em que encontramos em cada personagem a familiaridade de um vizinho, um amigo, um conhecido, PATER mergulha numa importante reflexão para a sociedade contemporânea brasileira: qual é o real custo dos pequenos-grandes pecados cometidos pelo cidadão, ao se adaptar a um ambiente onde o autoritarismo e a violência velada faziam parte do cotidiano da população? Sobre PATER, escreve a doutora em literatura e crítica literária Lúcia Facco: É um livro universal, como a boa literatura, porque traz à tona dores profundas possíveis na vida de cada um de nós, em nossos relacionamentos. Mostra a inexorabilidade do destino e a fragilidade do controle da vida e da morte. Mostra, por fim, a capacidade de superação que nos acompanha, tornando-nos sobreviventes ainda capazes de ser felizes.