Depois de encerrado o caso policial, a história pode continuar a ser escrita pelo leitor, que deve sentir-se puxando uma cadeira na varanda e se preparando para ouvir "causos". "Réquiem para Monalisa", de Antenor Pimenta, funciona assim mesmo, com muita criatividade, especialmente nos personagens de nomes pitorescos. Tudo começa em uma cidade do interior, onde Lisa Gerhardini é assassinada. Lisa é Monalisa, que vivia na Coréia, a zona boêmia da cidade. Descobir o nome do criminoso é a obrigação so delegado Tostes e do detetive Sampaio. Mas o leitor também está convidado a viajar nesse labirinto de amor, ódio, dúvidas e aparências. Nesse terceiro romance, o autor reafirma a sua capacidade para a boa prosa e confirma o dom de verter as histórias regionais em literatura de qualidade.