Este ensaio pode ser considerado uma apresentação de questões em torno da Antropologia filosófica, procurando levar em consideração os debates no contexto do novo século. Não se pretende entrar nas análises que são feitas para configurar uma Antropologia filosófica que procura um tipo de completude que poderia representar a estrutura de uma disciplina. Sobre este aspecto, as discussões se estendem por muitos autores que apostam num campo que pode ser delimitado no contexto de uma Filosofia do homem. Têm sido empreendidos esforços notáveis nessa direção, não para repetir modelos antigos, mas para organizar um novo conjunto de temas e problemas que surgem no contexto das biociências, das ciências evolucionárias e outras ciências positivas e mesmo das Ciências Humanas. A Filosofia, certamente, não pode isolar-se desse mundo novo que as ciências estão produzindo em tantos campos específicos. Na forma de uma prosa filosófica, o livro tem como objetivo descrever o confronto de vários problemas de conhecimento. Trata-se de tentativas de introduzir diferenças importantes entre as diversas Antropologias, não simplesmente descrevendo possíveis objetos, mas distinguindo formas de conhecimento. Ainda que não queiramos negar as flagrantes interações de campos de pesquisa sobre o ser humano, traremos argumentos para a importância da reflexão filosófica sobre as diferentes formas de conhecimento das ciências. Trata-se de mostrar como os métodos limitados do conhecimento científico esperam da Filosofia uma presença universalizante, que elas não trazem com seu método, e que as complementa sem lhes tirar a autonomia.