A propriedade privada como um direito natural aparece, neste livro, como elemento essencial para a construção da sociedade civil. Rodrigo Cintra interpreta a propriedade privada, no sentido lockiano, como a pedra angular de todo sistema político, jurídico, ético e econômico do filósofo inglês. A questão que se coloca é até que ponto pode-se dizer que o liberalismo, nos moldes em que foi formulado por John Locke, contém em si contradições que colocam em xeque a ideia de justiça. A percepção de que a liberdade e a igualdade de todos os homens ainda impregnam o discurso liberal moderno, apesar de operarem apenas formalmente, aponta para a necessidade de se estudar os clássicos, como Locke, para entendermos o nosso próprio tempo. Sumário Nota prévia Agradecimentos Prefácio – Elza Antonia Pereira Cunha Boiteux Introdução Sistema de Citações 1. Definições da Palavra Propriedade 2. A Propriedade no Primeiro Tratado sobre o Governo 3. A Teoria da Propriedade no Segundo Tratado sobre o Governo 3.1. Estado de natureza3.2. Propriedade e razão3.3. Proprietário de si mesmo3.4. Apropriação e trabalho3.5. Limites da propriedade3.6. Trabalho e valor3.7. Propriedade e justiça3.8. O dinheiro4. A Propriedade nos Demais Capítulos do Segundo Tratado sobre o Governo 4.1. O poder paterno, político e despótico4.2. A propriedade no governo civil4.3. Uma teoria da separação entre os poderes4.4. Direito de resistência e propriedade5. Propriedade e Tolerância Liberalismo e Natureza. A Ilusão da Democracia e da Igualdade Bibliografia