As cartas trocadas entre dois dos mais importantes nomes do cenário intelectual brasileiro - entre 1865 e 1908, ano da morte de Machado de Assis - estão aqui reunidas e comentadas pelo amigo de ambos, e acadêmico como eles, Graça Aranha. Segundo o poeta e crítico literário Antonio Carlos Secchin, que assina a apresentação, o ensaio introdutório de Graça Aranha "nos ajuda a compor com mais clareza uma galeria de retratos: não apenas o de Machado, mas o de Nabuco e o seu próprio, na medida em que, no gesto de analisar a ambos, ele mesmo se torna alvo da análise do leitor". Diz ainda Secchin que, "movida por uma ausência (a de Carolina Machado de Assis) e por uma presença (a Academia Brasileira de Letras), a conversa de Joaquim Maria e Joaquim Nabuco nos comove até hoje, valorizada pelo notável trabalho interpretativo, de amor e rigor, levado a cabo por Graça Aranha". Esta terceira edição, publicada 80 anos após a primeira - e em convênio com a Academia Brasileira de Letras - traz um substancioso prefácio do historiador José Murilo de Carvalho e dois cadernos de fotos (32 páginas).